sexta-feira, 1 de maio de 2009

Eu confesso


Após dias e dias ansiosa para ter meu computador de volta e checar se a cirurgia dera certo, aqui estamos nós. Juntos novamente, superamos a formatação. Parece coisa de nerd, mas eu estava precisando disso. Talvez porque não entro direito desde o começo do ano, talvez porque feriado sem computador sucks. Ou talvez eu seja nerd mesmo. De qualquer maneira, adoro organizar o computador quando ele nao tem nada para ser organizado. Antes, eu tinha mil pastas soltas na área de trabalho que precisava organizar, mas sempre arranjava uma desculpa para não organizá-las. Hoje, enquanto o teclado aparentava estar com ciúmes da CPU e se recusava a funcionar, fiquei mudando cores e símbolos dos ícones, só para sentir um gostinho de "quero mais". Me senti uma criança de 6 anos, ganhando seu primeiro computador. Não há nada pra fazer nele, mas ainda assim ficamos maravilhados. Ah, santo Bill Gates. Obrigada por esses momentos de prazer inútil na frente de uma tela inanimada e tosca, por todos os momentos que deixamos de viver e embarcamos nessa "Second Life" sem nem precisar jogar de fato. Geralmente considero sua máquina ruim, alienante para aqueles que não sabem usá-la, e não são poucos. Mas como todo mundo um dia falha, hoje o fruto de sua riqueza me deu um brilho especial no olhar. Juro que depois do feriado volto a fazer discursos contra o uso exagerado da sua invenção, mas ai.. hoje não!

sábado, 28 de março de 2009

Então é assim?


Segundo o dicionário Aurélio, morte é o fim da vida animal ou vegetal. Para alguns, significa descanso. Para mim, sempre foi algo muito vago, nunca quis me aprofundar nesses pensamentos... Até ontem.
Hoje ao chegar da escola - sim, sábado -, minha mãe me trouxe a primeira página do jornal, onde havia uma matéria sobre um acidente de trânsito na rodovia entre Talhados e São José do Rio Preto - minha cidade -, na qual um ônibus a 140 km/h atingiu um Peugeot com três jovens, entre 18 e 20 anos. Os três morreram. Em um primeiro momento, passei os olhos pela matéria, vi a foto do ônibus e do carro, destruidos. Desci os olhos, vi a foto de dois meninos e, ao lado, foto da Marilia, a mesma que aparece comigo nessas duas fotos antigas acima. Eu não pude acreditar.
É estranho pensar que tudo pode acabar assim, sem mais detalhes. Além do meu cachorro em 2007, nunca presenciei a morte de ninguém conhecido. Meu cachorro estava velho, doente... Mas não ela. Dezoito anos! Atingir finalmente a maioridade, sair da escola, começar a ir em festas de verdade (de onde ela voltava na hora do acidente, aliás) e só? É injusto acabar assim. A gente se preocupa com tantas coisas que agora me parecem futeis... Espinhas, celulites, casar, vestibular, se desespera antes da hora com um possivel futuro cancer e mergulha em filtro solar. E se não der tempo de essas coisas acontecerem?
Não vou intensificar o sofrimento de perda, já que mantive uma amizade muito intensa com a Marilia por apenas um dia. Isso foi em 2006, quando nos conhecemos e passamos o dia inteiro conversando no Wal*mart, já que não podiamos ir embora porque estávamos maquiadas e de cabelo feito desde depois do almoço, e íamos desfilar a noite. Depois desse dia, nos adicionamos no orkut, msn, e o assunto foi acabando com o passar das semanas. Mas ainda vai ser estranho não vê-la online nunca mais. Ela sempre esteve.
Carpe Diem. "Aproveite o dia", como diriam os árcades. Minha primeira experiência com a morte foi meu hamster, que durou poucos dias. Depois, meu primeiro cachorro, um animal a quem me apeguei muito, e hoje perdi uma pessoa, amiga por um dia. Tenho medo de pensar quem será o próximo nessa graduação, um amigo próximo, ou um familiar? Ou talvez a graduação pule direto até minha posição... Simplesmente não dá para prever, e é o que causa a maior angústia. E se?
Parafraseando Billy Joe, "It's something unpredictable, but in the end is right. I hope you had the time of your life", Marilia. Descanse em paz.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Katy Perry kissed a girl, and she liked it.


-Homophobia is gay-

Estava agora mesmo vendo um video da Katy Perry cantando "I kissed a girl", e hoje ela ganhou mais uma fan. Acho muita coragem fazer uma música dessas, e admiro. Concordo com a ideia de não ser nada demais. Todos merecemos respeito independente de gostar de homem ou mulher, e com essa música Katy chocou o mundo, assumindo que experimentou e gostou de beijar outra mulher.
Não acho que alguem seja experiente o bastante para julgar o que é certo e o que é errado. Com tanta intolerancia no mundo, achar alguem bom o bastante que te cuide, respeite e ajude me parece um privilégio, mesmo que fosse outra mulher, no meu caso. Às vezes, esses anjos vêm personificados em melhores amigos. Às vezes, como marido ou namorado. Ou namorada. Vale é ser feliz.
Homofobia é gay. Depois da invenção da internet, onde o contato com outras culturas e informações é frequente e extremamente acessivel, julgar alguém porque gosta de pessoas do mesmo sexo torna-se inaceitável. É puro atraso. A opção alheia não te prejudica, e ao mesmo tempo beneficia aqueles que necessitam dessa liberdade para obter felicidade. Século XXI, reflita. Deixe seu nojinho todo para a foto desse post.