quinta-feira, 29 de julho de 2010

Vestibular

Antes de mais nada, a foto não me pertence, encontrei-a na internet.


Sempre quis fazer da minha vida algo relacionado à Arte. Pensei em não fazer vestibular e tornar-me artista plástica, pintora, mas logo desisti da idéia porque antes que eu virasse famosa havia grandes chances de eu morrer de fome. Professora de Educação Artística também não daria certo, já que não suporto a idéia de dar aulas para estudantes que sempre se acham melhores do que os professores. Mesmo sem ter nada a ver com arte, estava voltada à área de Jornalismo pela minha paixão pela escrita e linguagens. Mas como todas minhas escolhas parecem ter algo para arruiná-las, acho os jornais da minha cidade bem tendenciosos. Gosto de biologia, mas não faria Medicina por haver muita responsabilidade envolvida. Minha paixão pela área de humanas e querer fazer o que é certo me fizeram pensar em Direito, mas não quero ter que defender algo ou alguém que eu não concorde. Então comecei a pensar em Design.
A primeira coisa que ouço quando exponho minha decisão é: "Por que você não faz Arquitetura?" Admito que pensei nisso, e me decidi por Arquitetura por algumas semanas. Mas não tenho interesse nenhum em construir prédios, e entender o que é necessário para que um edifício suporte mil pessoas sem cair. Quero criar em proporções menores. Criar coisas, ou ambientes já construídos. Então semana passada, dias 22 e 23 de julho, assisti à 8 Palestras de designers no evento Boom Rio Preto Design. Não preciso nem dizer que amei. Me identifiquei muito com a situação dos designers, e o modo de pensar que nos exibiram. É claro, tudo tem seu preço, e Design não é uma profissão muito procurada. Mas resolvi seguir o tal do "fazer o que tenho vontade", e decidi que é melhor tornar-me uma boa designer sem muito dinheiro, do que uma medica ou advogada medíocre cheia da grana e de mal com a vida. Quero ser feliz! E se desenhar cadeiras ou geladeiras vai me trazer alguma satisfação pessoal, então que venham os empréstimos de bancos! Agora é a hora de decidir o resto da minha vida. Eu posso, e vou, ser feliz fazendo o que gosto.





quinta-feira, 22 de julho de 2010

The End



"Never say goodbye
because saying goodbye means going away
and going away means forgetting"


É. O intercâmbio acabou. Há um mês e 20 dias voltei para o Brasil, onde ninguem me pára no meio de uma conversa e pergunta de onde é meu sotaque. Há quase dois meses não vejo minhas amigas nem meu namorado, mas ao mesmo tempo reecontrei amigos e família que não via há 10 meses... Mesmo que nem toda a família.

Tudo na vida tem um preço. Meu intercambio foi maravilhoso, conheci amigos inesquecíveis, aperfeiçoei meu inglês de um jeito que nenhuma escola de línguas me proporcionaria e comecei a namorar a pessoa mais atenciosa e compreensiva que já conheci. Mas naturalmente tive de abrir mão de muitas coisas, e perdi tanto quanto ganhei quando escolhi fazer esta viagem. Além dos momentos ruins que passei nos Estados Unidos por choque de culturas ou saudades, meu namoro anterior acabou e minha avó nunca mais me viu. Depois de 2 meses e meio internada e inconsciente, ela faleceu uma semana após a minha chegada. Alguns dizem que ela esperou que eu chegasse. Deixo a critério de cada um acreditar no que lhe convém. Se eu faria de novo se soubesse que tudo isso aconteceria? Com certeza.

Namoros terminam quando há choque de idéias entre os integrantes. Isso vale para qualquer término. Mesmo em casos extremos de traição, numa visão crua é certo de que houve um choque de idéias: um aceita, outro não. Mas meu caso dessa vez não foi tão trágico. Logo após o início do meu intercambio começamos a provar deste choque de ideais: enquanto minha ausência o machucava, sua descrença me matava. Então acabou. Acredito eu que se eu tivesse desistido de fazer intercâmbio para salvar meu namoro, futuramente descobriríamos um choque de personalidade quanto a outro assunto fundamental e terminaríamos. Só adiantei o inevitável. E como dita o velho clichê "há males que vem para o bem", só terminando um namoro para começar outro.

Quanto a minha avó, minha partida não piorou nem melhorou seu estado. Não deixo de acreditar que ela esperou sim por mim, apesar de eu não ser tão religiosa. Mas também não me sinto a neta favorita e sei que há muito mais determinando o dia de seu falecimento do que minha chegada. Porém, se eu deixasse de fazer intercâmbio, isso não extenderia sua vida. Talvez encurtaria, e ainda não me decidi se isso seria bom ou ruim. Mas tudo aconteceria do mesmo jeito, a não ser que eu estaria presente para sofrer com o resto da familia por dois meses e meio a mais. Não me leve a mal, é óbvio que eu queria tê-la encontrado bem e ter convivido 8 meses a mais com ela, enquanto estive fora e ela esteve bem. Mas a morte é pacífica. É dolorosa para a família, mas depois de ver minha avó no hospital quando cheguei e mal reconhecê-la, sei que não posso ser egoísta e desejar que ela ainda estivesse aqui daquela maneira. Eu a amei o suficiente para deixá-la ir. Tenho certeza de que, onde quer que ela esteja, está melhor agora.

Sei que já escrevi isso várias e várias vezes, mas acho que agora que voltei será mais fácil cumprir e postar mais frequentemente. Começar a blogar de verdade, enquanto meus posts têm sido aqui e ali uma vontade de escrever num diário. Hoje me decidi finalmente o que fazer na faculdade, mas isso fica para o próximo post. Por mais que odeie promessas, prometo não demorar demais para postar de novo. Não dessa vez.

sábado, 13 de março de 2010

Últimos meses

A-há! Finalmente achei um tempo para postar aqui. Tenho tentado faz um tempo, mas hoje acabou o terceiro bimestre aqui na minha escola americana, então tive bastante coisa pra fazer recentemente. A próxima semana é Spring Break, e não terei aula a semana inteira. É comparável à Semana do Saco Cheio no Brasil, só uma semana no final do ano letivo que as escolas tiram de folga para acalmar os nervos. Portanto, nessa segunda-feira dia 15 de março, vou embarcar para a California, onde conhecerei San Francisco, Los Angeles e Hollywood com outros intercambiários da agência EF do mundo todo que estão morando nos Estados Unidos. Estou tããão animada, a primeira coisa que farei será procurar brasileiros. De acordo com a regra, devemos falar inglês durante a viagem toda, mas voce entenderia meu desespero se o mais perto de português que você falasse fosse umas 2 ou 3 vezes por semana com seus pais no Skype, e digitando no orkut e blog. Mal posso esperar para conversar com alguem sem ter que pensar no que vou falar, tentar esconder o sotaque ao maximo para ser entendida na primeira tentativa, e ter que achar outro jeito de se explicar quando me dou conta de que nao sei como falar a palavra-chave da informação em inglês. Sou um tanto quanto quieta aqui, porque me canso frequentemente de pensar demais. Haha, mas não vou mentir, agora que o intercambio está no final, estou entendendo quase tudo que ouço sem ter que pedir para repetir, e estou até sendo entendida :D Ah, o final. No começo, me encontrei várias vezes pensando em quando esse intercambio acabaria para eu reencontrar amigos, amor, família. Agora, tento retardar o tempo. Se eu precisasse morar mais um ano aqui, sobreviveria. Me acostumei, fiz amigos, me divirto. Quando paro para pensar em quanto tempo falta, os meses estão voando! Cheguei aqui no verão, agora já é primavera. Tive medo do inverno, com neve e temperaturas que nunca senti no Brasil. Foi como se o outono tivesse durado um dia, e o inverno dois. Já sinto falta da neve, e não tive tempo de ficar entediada e desejar que ela derretesse. Tive um momento de nostalgia ontem na escola, onde abracei duas das minhas melhores amigas e elas começaram a falar que só tenho mais 2 meses aqui e como sentiriam minha falta. Quase choraram, assim como eu. Mais tarde, ainda ontem, abri meu armario e encontrei um bilhete que minha melhor amiga enfiou pelo buraco de circulação de ar na porta. Usando um tradutor virtual, ela escreveu em português o quanto eu era especial e como ela estava animada para me visitar em julho de 2011, quando ela já tiver 18 anos. Bom, aqui a censura para bebida é 21 anos, então acredito estar implícito que vamos festejar o mês inteiro quando ela me visitar. Durante o almoço, outras meninas me disseram que eu sou a melhor intercambiária que eles já tiveram naquela escola. Tudo isso em um dia, 2 meses e meio antes de eu partir. Gosh, tenho medo do ultimo mês. Vou passar o mês todo chorando na escola. No momento, nao quero pensar nisso para não chorar antes da hora. Nesse post eu ia me atualizar no que tem acontecido ultimamente, e postar uma redação bem legal de um amigo sobre o motivo de escrever. Porém, acho que a atualização já ocupou bastante espaço, e escrever mais uma redação inteira nao vai atrair leitor algum. Não dizendo que publicar só isso atraia, mas enfim. Acabo de lembrar de um restaurante brasileiro onde escolhemos os ingredientes para montar um prato de macarrão, COMPLETAMENTE do nada, mas meldels como estou com fome. Como disse anteriormente, viajarei daqui 3 dias, então provavelmente não postarei mais nada até lá. Vou tentar postar a redação assim que voltar, e tentar postar mais, pelo menos uma vez por semana. Volto no dia 22 de março, a outra segunda-feira. Provavelmente postarei algo sobre a viagem, que vai ser per-fei-ta (yn). Mas a redação virá um dia, prometo. Acho que vou comer alguma coisa, mesmo com minha host-family me olhando torto porque são quase 10 horas da noite. É sexta-feira! Meu corpo não funciona direito nos finais de semana, e eu não vou dormir tão cedo. Ainda pretendo trabalhar no meu scrapbook, imprimi fotos do outono ontem. De qualquer forma, deseje-me sorte! Hollywood, here I come ;D

quarta-feira, 10 de março de 2010

Postagem à vista

OMG tenho tentado postar ja faz uns dias, e prometo que postarei ainda essa semana. Essa promessa é válida para mim, já que ninguem lê meu blog mesmo. E possivelmente deletarei essa postagem assim que tiver tempo de postar algo maior, melhor elaborado. Entao, voce leitor aleatorio que teve a (in)felicidade de encontrar-se em meu blog nesse exato momento, SIM VOCE MESMO! Volte em no maximo tres dias que prometo postar 1. Uma redacao muito boa de um amigo sobre o intuito de escrever; 2. Regras que estabeleci para mim mesma nos ultimos anos; 3. Uma poesia que tenho tentado escrever (assumo que sou pessima em poesia, sou bem melhor em convencer outros a concordar comigo no que eu quiser - acho que vou me candidatar à Presidência); 4. Algo mais interessante que pode vir à minha cabeça nos próximos dias; 5. Todas as alternativas se eu tiver insonia ou algo do tipo :D
"Thank you for choosing Wal-mart" e volte sempre.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Pela primeira vez à favor dos Estados Unidos


Para ser sincera, fazer intercambio nos Estados Unidos nunca foi minha primeira escolha. Sempre quis fazer intercambio, mas queria ir para o Canadá ou Inglaterra. O problema é que já conheci parte do Canadá, então queria mudanças, e ir para a Inglaterra era mais caro, além de ter que passar um ano gastando em Euro, que é quase 3 reais. Minhas opções então caíram para Estados Unidos ou França, que eram mais ou menos o mesmo preço, e eu sei falar ambos os idiomas. Mas meu francês que aprendi em 2 anos não chega nem perto do inglês que passei 10 anos aprendendo e praticando 2 vezes por semana, por mais da metade da minha vida. Além de eu não estar preparada para me virar com meu Bonjour, Oui e Je ne parle pas français, há muito mais para alguém de 17 anos na terra de Hollywood, Halloween, White Christmas e Cheerleaders do que na Europa onde as pessoas têm fama de não ser tão receptivas e as atrações turísticas são em sua maioria museus. Então aqui estou eu.
Desde que cheguei, porém, meus instintos anti-estadunidenses que professores de Historia e Geografia sempre me fizeram acreditar afloraram. Realmente, aqui até abóboras são compradas em latas, e produz-se muito mais lixo do que o Brasil. Além disso, estadunidenses são bastante nacionalistas e acreditam fielmente que o mundo precisa deles, seja para defendê-los do próprio povo no Iran, ou porque a Florida produz 40% das laranjas do mundo. Dei muita risada quando ouvi meu professor de American History aqui contando essa ultima, e tive que discordar publicamente, já que qualquer suco de laranja que compro aqui tem escrito na embalagem "Made in Brazil", ou "Made in Guatemala", ou Made in outros países tropicais. Claro, ja bebi suco de laranja da Florida, mas não vejo motivo para importar do Brasil ou da Guatemala se a Florida produz 40% das laranjas mundiais.
Quando vi esse nacionalismo tão forte que chega a me afetar, naturalmente me tornei nacionalista também. Nunca me orgulhei tanto de falar que não vou fazer faculdade aqui porque no Brasil é de graça, e que não temos terremotos porque o país inteiro fica na mesma placa tectônica. Coisinhas simples, mas me fazem ver meu país de fora com outros olhos, e me fazem com certeza querer voltar e morar no Brasil.
No entanto, essa semana tive que apoiar os Estados Unidos da America. Aconteceu um terremoto no Haiti, e muita gente morreu ou perdeu casa e familiares, uma desgraça. Os Estados Unidos agiram imediatamente, com a idéia de que o mundo precisa deles, e enviaram tropas e mais tropas para ajudar a procurar por sobreviventes, e vejo comerciais o tempo todo informando como ajudar mandando mensagens de texto escrito "Haiti" para um certo número que $10 será retirado da sua conta e enviado para o Haiti. Milhões de dólares já foram enviados. Há cartazes na minha escola escrito "Help to Haiti", e frases do tipo. O país inteiro se mobilizou para ajudar um outro país mais pobre afetado por um desastre natural, mesmo que o Haiti provavelmente não seja um grande consumista de produtos americanos, como alguns brazileiros alegariam.
Sempre fomos americanos, afinal o Brasil tambem se localiza na America. Mas hoje é o dia em que me orgulho de dizer que EU sou americana. Apesar do medo de os Estados Unidos começarem uma guerra contra o Brasil, como eles podem começar com qualquer um, me conforta saber que se algo de ruim acontecer conosco, eles estarão aí para nós. Pela primeira vez, irei contra meus professores de geografia e historia. Eu concordo com 90% do que eles dizem contra os Estados Unidos, e sou prova viva de que é verdade. Mas o país não é lado negro do mundo, e esse intrometimento não é sempre ruim. Pelo contrário, está sendo no momento muito bom, e me faz muito feliz ter essa oportunidade de estar aqui para ajudar.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Semestral




Estava há alguns minutos atrás lendo coisas antigas que escrevi para pessoas antigas em fotologs antigos. Agora entendo porque eu costumava receber tantos elogios nos meus posts, quando eu realmente achava que estavam apenas tentando ser simpáticos. Realmente me impressionei. Talvez porque meus posts têm tudo a ver comigo, claro, mas me tocaram por serem escritos de forma tão calma e reflexiva. Posts que refletiam toda a minha raiva do momento, ser precisar chingar ou colocar muito mais que uma ou duas palavras em letra maiúscula, tocando delicadamente pensamentos comuns a todos.
Por isso volto aqui, seis meses depois do meu ultimo post, porque das cinzas em meu peito reacendeu a vontade de escrever. Vontade de tocar as pessoas que lêem o que escrevo, e fazê-las refletir sobre o jeito que fazem seja lá o que fizerem.
Se antes eu já tinha poucos leitores, agora terei numeros negativos. Mas no momento, eu não ligo. Só quero escrever, extravasar o que sinto sobre tudo o que me cerca e, principalmente, o que me compõe. Um mês depois do meu ultimo post neste blog, viajei para os Estados Unidos, e tenho morado aqui desde então. Estou de intercambio em Salina, no Kansas, e tenho sentido emoções completamente opostas, que variam em segundos. O pior de tudo é ter que guardar tudo isso para mim, parte porque demoro para fazer amigos em que confio, e parte porque minha experiencia me diz para não demonstrar minhas fraquezas.
Me faz falta escrever como eu conseguia. Tenho medo de não conseguir mais, já que desde aquela época minha vida mudou completamente. Eu não tinha traumas que hoje tenho. Estava vivendo o momento em qualquer momento, e essa caracteristica infantil me faz uma falta imensa. Queria não ter mudado, fui forçada a crescer. Tive que abandonar reações de impulso, assim preservaria melhor minha imagem e minha mente. Ainda consigo chorar, dois anos depois do impacto, mas não pelas pessoas que perdi. Aprendi que pessoas são passageiras, e 90% do meu passado me perdeu, e não o contrario, já que minha confiança só se ganha uma vez. Mas quando penso no passado, choro pelo que eu já fui. Choro quando leio o que eu escrevi, quando lembro o que eu senti. Era bom, era puro. Era simples. Odeio ter que pensar demais antes de agir, e conter as palavras que vem à cabeca expressar apenas o racional. O irracional me mostrou o mundo, e me tirou o mesmo em segundos. Mas o amei enquanto tive, e o aproveitei tempo suficiente para se tornar inesquecivel, o mundo. Para se tornar desejável, e me fazer sentir que, por mais que eu faça tudo o que eu quero, não é o bastante. O suficiente para meu lado irracional voltar para mim de tempos em tempos, me fazendo chorar pelo pedaço de mim que fui forçada a abandonar.
Eu quero minha adolescencia de volta. Fiz 18 anos mês passado, mas sinto e me comporto como se eu tivesse 40, às vezes até mais. Tento fazer pessoas da minha idade crescerem como eu, porque não suporto a solidão e invejo a pureza que perdi.
Se hoje eu tivesse que escolher o que prestar no vestibular (tenho adiado meu vestibular com esse intercambio), escolheria Jornalismo, porque quero escrever e não ter que parar. Ao mesmo tempo, um dos meus traumas me toca. Não quero expor meus sentimentos para quem quiser ler. Quando se expõe feridas, bacterias se aproveitam para te destruir.
No entanto, estou afim de tentar. Se quero voltar a ser o que um dia fui, adicionando alguns anos de experiência, o primeiro passo é voltar a escrever, que está na minha essência. É tentar fazer essa essência florescer de volta no jardim que cobri de pedras. E então, quando as primeiras pétalas desabroxarem, será o suficiente para que meu processo em mover pedras seja efetivo.
[FOTO: Hoje, 9 de Janeiro de 2010, Salina, Kansas USA ]

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Eu confesso


Após dias e dias ansiosa para ter meu computador de volta e checar se a cirurgia dera certo, aqui estamos nós. Juntos novamente, superamos a formatação. Parece coisa de nerd, mas eu estava precisando disso. Talvez porque não entro direito desde o começo do ano, talvez porque feriado sem computador sucks. Ou talvez eu seja nerd mesmo. De qualquer maneira, adoro organizar o computador quando ele nao tem nada para ser organizado. Antes, eu tinha mil pastas soltas na área de trabalho que precisava organizar, mas sempre arranjava uma desculpa para não organizá-las. Hoje, enquanto o teclado aparentava estar com ciúmes da CPU e se recusava a funcionar, fiquei mudando cores e símbolos dos ícones, só para sentir um gostinho de "quero mais". Me senti uma criança de 6 anos, ganhando seu primeiro computador. Não há nada pra fazer nele, mas ainda assim ficamos maravilhados. Ah, santo Bill Gates. Obrigada por esses momentos de prazer inútil na frente de uma tela inanimada e tosca, por todos os momentos que deixamos de viver e embarcamos nessa "Second Life" sem nem precisar jogar de fato. Geralmente considero sua máquina ruim, alienante para aqueles que não sabem usá-la, e não são poucos. Mas como todo mundo um dia falha, hoje o fruto de sua riqueza me deu um brilho especial no olhar. Juro que depois do feriado volto a fazer discursos contra o uso exagerado da sua invenção, mas ai.. hoje não!

sábado, 28 de março de 2009

Então é assim?


Segundo o dicionário Aurélio, morte é o fim da vida animal ou vegetal. Para alguns, significa descanso. Para mim, sempre foi algo muito vago, nunca quis me aprofundar nesses pensamentos... Até ontem.
Hoje ao chegar da escola - sim, sábado -, minha mãe me trouxe a primeira página do jornal, onde havia uma matéria sobre um acidente de trânsito na rodovia entre Talhados e São José do Rio Preto - minha cidade -, na qual um ônibus a 140 km/h atingiu um Peugeot com três jovens, entre 18 e 20 anos. Os três morreram. Em um primeiro momento, passei os olhos pela matéria, vi a foto do ônibus e do carro, destruidos. Desci os olhos, vi a foto de dois meninos e, ao lado, foto da Marilia, a mesma que aparece comigo nessas duas fotos antigas acima. Eu não pude acreditar.
É estranho pensar que tudo pode acabar assim, sem mais detalhes. Além do meu cachorro em 2007, nunca presenciei a morte de ninguém conhecido. Meu cachorro estava velho, doente... Mas não ela. Dezoito anos! Atingir finalmente a maioridade, sair da escola, começar a ir em festas de verdade (de onde ela voltava na hora do acidente, aliás) e só? É injusto acabar assim. A gente se preocupa com tantas coisas que agora me parecem futeis... Espinhas, celulites, casar, vestibular, se desespera antes da hora com um possivel futuro cancer e mergulha em filtro solar. E se não der tempo de essas coisas acontecerem?
Não vou intensificar o sofrimento de perda, já que mantive uma amizade muito intensa com a Marilia por apenas um dia. Isso foi em 2006, quando nos conhecemos e passamos o dia inteiro conversando no Wal*mart, já que não podiamos ir embora porque estávamos maquiadas e de cabelo feito desde depois do almoço, e íamos desfilar a noite. Depois desse dia, nos adicionamos no orkut, msn, e o assunto foi acabando com o passar das semanas. Mas ainda vai ser estranho não vê-la online nunca mais. Ela sempre esteve.
Carpe Diem. "Aproveite o dia", como diriam os árcades. Minha primeira experiência com a morte foi meu hamster, que durou poucos dias. Depois, meu primeiro cachorro, um animal a quem me apeguei muito, e hoje perdi uma pessoa, amiga por um dia. Tenho medo de pensar quem será o próximo nessa graduação, um amigo próximo, ou um familiar? Ou talvez a graduação pule direto até minha posição... Simplesmente não dá para prever, e é o que causa a maior angústia. E se?
Parafraseando Billy Joe, "It's something unpredictable, but in the end is right. I hope you had the time of your life", Marilia. Descanse em paz.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Katy Perry kissed a girl, and she liked it.


-Homophobia is gay-

Estava agora mesmo vendo um video da Katy Perry cantando "I kissed a girl", e hoje ela ganhou mais uma fan. Acho muita coragem fazer uma música dessas, e admiro. Concordo com a ideia de não ser nada demais. Todos merecemos respeito independente de gostar de homem ou mulher, e com essa música Katy chocou o mundo, assumindo que experimentou e gostou de beijar outra mulher.
Não acho que alguem seja experiente o bastante para julgar o que é certo e o que é errado. Com tanta intolerancia no mundo, achar alguem bom o bastante que te cuide, respeite e ajude me parece um privilégio, mesmo que fosse outra mulher, no meu caso. Às vezes, esses anjos vêm personificados em melhores amigos. Às vezes, como marido ou namorado. Ou namorada. Vale é ser feliz.
Homofobia é gay. Depois da invenção da internet, onde o contato com outras culturas e informações é frequente e extremamente acessivel, julgar alguém porque gosta de pessoas do mesmo sexo torna-se inaceitável. É puro atraso. A opção alheia não te prejudica, e ao mesmo tempo beneficia aqueles que necessitam dessa liberdade para obter felicidade. Século XXI, reflita. Deixe seu nojinho todo para a foto desse post.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Último post do ano

Escrevi para esse último post um texto bonito, resumindo as melhores e piores coisas do ano, as pessoas que convivi, os melhores momentos... Mas resolvi não postá-lo. Não posso sair da minha meta de não tornar meu blog pessoal e divulgar minha vida. Porém, acho que me permito dar uma resumida e sair desse padrão por um momentinho... Afinal, prometo que vai ser a última vez esse ano.
31 de dezembro de 2008, e mais um ano se passou sem que eu percebesse. Completei 17 anos, e ainda sinto como se tivesse 14. Meu cabelo ainda tem as mesmas cores, castanho e rosa, com visitas frequentes aos tons de roxo. Gosto das mesmas bandas, algumas a mais, mas nenhuma a menos. Ainda canto, e sonho em ter uma banda que vá para frente, faça shows e saia da garagem. Ainda frequento o shopping center às sextas-feiras quando não tem nada melhor para fazer, junto de pessoas de 12 anos, e também das de 18 ou 19. No entanto, alguns conceitos mudaram. O Amor não é mais essencial como já foi para mim, a ponto de me fazer sofrer tanto por isso. A amizade, isso só fui descobrir de verdade esse ano, vale bem mais a pena. Dos amigos que eu tinha antes, apenas um restou para contar a história. Fora ele, amigos realmente leais fui encontrar apenas esse ano, a maioria bem mais nova que eu, pessoas que eu diria que ainda nao foram corrompidas por esse desejo municipal mútuo de parecer melhor do que se é. Pessoas podres, que não são nada além de um orkut popular, roupinhas da moda, bebida, cigarro e sair por ai com um monte de gente que dali a uns 2 meses nem se falarão mais. Mas não meus amigos. Independente de cor, idade, religião ou situação financeira, cada um vive uma vida totalmente diferente e todos eles me fazem muito bem do jeito que são.
Nesse ano também mudei de escola, pela primeira vez desde o Jardim de Infância. Sempre estudei na Coopec, e fui para o London, uma escola completamente fechada, sem área verde, só escadas e andares pequenos. Perto do London, a Coopec era uma fazenda. Super aberta, gigante, cheia de jardins e quadras poliesportivas... Mas acabou. Chega uma hora que a gente tem que escolher entre o conforto ou o vestibular, e eu optei pela segunda opção. Não que a Coopec fosse ruim. Mas eu me conheço bem e sei que nunca cairia na real de estudar pra valer se continuasse lá.
E graças ao Colégio London, estou namorando. Admito que não é novidade, uma vez que desde os meus 13 anos eu estou sempre namorando, acaba um namoro e começa outro, e por ai vai. Mas depois de quase dois anos de namoro anterior, trocar de namorado de novo era algo que nao passava pela minha cabeça. E admito que me fez muito bem. Os agradecimentos a cada um dos meus amigos e ao meu namorado serão feitos diretamente a eles, sem citar nomes por aqui.
Esse ano coloquei em prática minhas atividades de body-piercing e continuei as de cabeleireira. Obrigada aos meus amigos cobaias que deixaram que eu os furasse e provasse que eu furo direitinho. E àqueles que deixaram os cabelos em minhas mãos para que eu pintasse ou cortasse, muito obrigada também.
Passei esse ano inteirinho sem comer carne nem frango nem peixe, desde o dia 1º de janeiro. Fui no show do Alex Band, da Pitty, Cabal, Fresno, Forfun, Ney Matogrosso e uma mistura de Fake Number com Hateen. Li 4 livros, sendo apenas um da escola e os outros três agora em dezembro, porque durante as aulas não tive tempo de ler nem os outros que precisava para o ano letivo, apelando para os resumos que me ajudaram muito. O que é uma pena, porque eu adoro ler, e estou devorando livros agora nas férias enquanto as aulas não voltam. Fiz um curso intensivo de francês no começo do ano, onde eu ia todos os dias à tarde, e depois tive aulas normais até o meio do ano, quando eu parei porque a escola precisava de mais devoção da minha parte. Terminei o curso avançado de inglês no CCAA, onde eu fazia aula desde os 7 anos de idade. Ensinei meu cachorro a dar a patinha, apesar de ele só obedecer quando recebe comida em troca. Comecei a fazer academia com personal, e tive alguns dias dolorosos devido à ela. Viajei para a praia Juquehy, Buenos Aires, Rio de Janeiro, Poloni e Guapiaçu, se é que esses dois últimos posso contar como viagem. Escrevi e recebi cartas, de gente daqui e de outros estados. Troquei o dia pela noite nos finais de semana, dormi tarde e acordei mais tarde ainda. Fiz as pazes com meus pais e nunca me dei tão bem com eles. Chorei muito, e sorri mais ainda. Vivi meus 16 anos em sua plenitude, e não me arrependo de nada que fiz ou deixei de fazer - com exceção de alguns shows que eu queria ter assistido em São Paulo mas não tive como ir, mas isso não é nada perto do que ganhei ficando aqui.
Agradeço a todos que fizeram do meu ano de 2008 o melhor possivel. Perto ou longe, foram todos muito especiais para mim e eu lhes desejo toda a felicidade do mundo, de coração. Espero que o próximo ano seja cheio de alegrias para todos nós, e que possamos aproveitá-las juntos... Mas caso não possamos, continuo prezando a felicidade de todos vocês! Muito Obrigada por tudo ♥

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Se lembra quando a gente tentou um dia acreditar?

Odeio juras de amor eterno. Não gosto dessa melação, de dizer que vai estar ali pra sempre, que ama mais que a própria vida, esse dramalhão todo. Não tem coisa mais ignorante que falar coisas assim para a máquina de malevolência que é o ser humano. Se entregar assim é fundamental pra estragar a relação, um fica na mão do outro como um brinquedinho de porcelana, onde qualquer queda pode ser fatal... Já gostei. O amor enfraquece o homem, sensibiliza, desconcentra, e, no final de tudo, esfria. É um falso amigo. Faz bem no começo, mas apunhala pelas costas quando menos esperamos. E aí, esfriamos. Desiludidos, adolescentes revolucionários e sonhadores tornam-se adultos ásperos e impacientes. Fato.
Odeio juras de amor eterno. Odeio como elas podem ser tão falsas, quando o pra sempre dura milésimos de segundos, simples assim. Odeio ainda mais quando, (im)possivelmente, essas juras tornam-se reais! E não aceito como esse tal Pra Sempre, forçadamente, sempre acaba... Ou pelo menos, aparentemente. Algumas delas, talvez durem mesmo pra sempre... Têm demorado demais pra acabar. Mas esfriei, e mais do que nunca, odeio essas malditas juras de amor eterno.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Pequenos enganos fatais.


Onde já se viu tratar seres humanos como brinquedinho pra traficante? Fazer tiroteio à famílias inocentes matando crianças, porque afinal existem poucos carros iguais no mundo... Quase certeza que era aquele, deve ser, atira. Tem gente demais no mundo mesmo. Sumiram com corpos, inventaram histórias mal resolvidas...
Vidas serão sempre vidas. E qualquer errinho, qualquer detalhe muda uma vida inteira. Muda esta flor. Muda qualquer coisa, e todas as coisas.
Há tempos, os jornais não noticiam mais jovens sem oportunidades na vida que entraram para o crime. O país agora é outro, revolução na segurança da população! Hip, Hip, Hurra. Me pergunto se é algum tipo de greve, assim como a dos correios, que nao entregam mais as cartas. Mas os correios só deixaram de fazer o que deveriam, seu trabalho. E nisso, a PM já aderiu faz tempo.
Onde nos inspiraramos agora? E em quem confiamos a pouca esperança que resta de melhoria, de segurança? Quando o país todo está um caos, a solução parece não ser outra que não fugir daqui. Ou continuar acreditando naquela velha história de que o seu voto muda tudo.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Criticar é fácil.



Indignação geral, quem não sabe o que é errado?
Contudo, ninguém deixa de comprar produtos testados em animais, e todo mundo continua comendo carne cheia de hormonios aplicados para que crescessem mais rapido para poderam morrer mais rapido, ja que ja nasceram pra isso mesmo.
FATO. Ninguém cria vaca ou porco de estimação, nascem para morrer. Ninguém faria testes de cosméticos ou drogas em animais se houvessem grandes chances de sobrevivência, são descartáveis.
É possivel ser saudavel sem comer carne.
É possivel ser bonito sem testar em animais. Até mais bonito, na minha opinião.
Se tanta gente é contra o uso de casacos de pele, contra vestir um cadáver, por que tanta gente ainda os come? Por que as estatísticas não batem? Por que quem é contra casacos e tapetes de pele, usa couro?
É a mesma coisa. Chega de falso moralismo.
Ou você tem, ou você não tem. Não existe meio termo, ao menos assuma.

[Para esclarecimento de possiveis dúvidas, eu nao como carne. Eu nao uso pele. Eu nao uso couro. Minhas tintas e descolorantes ja ganharam premios do Peta por não serem testados em animais.]

terça-feira, 13 de maio de 2008

Ideologia Áurea


120 anos de papel, mas o que é que nós ganhamos?
me diz, o que é que nós ganhamos?
A mentalidade nunca muda, a polícia não atua, na verdade nua e crua.
Preconceito sempre existiu.
Livres das correntes, os ex-escravos foram soltos em uma jaula de selvagens, onde sobrevive quem tem maior sorte.
Evolução, me diz onde é que nós chegamos?

segunda-feira, 14 de abril de 2008

pensando bem...

O que é necessário para nós? Essencial?
Realmente isso, ou você queria que fosse...
Chocolate faz mal, engorda, dá celulite, mas me deixa tão feliz! Caminhar e se exercitar faz bem, fortalece. Mas cansa, dá cãibra e fede.
Pessoas tão necessárias te fazem tão bem, até o dia que você muda seu ponto de vista e vê o quanto te fazem mal, exigem de você o que não conseguem ter, desvalorizam suas qualidades e focam seus defeitos.
Oxigênio, essencial! Essencial para que você viva, essencial para que você morra. Apodrece seu rosto, seu corpo, te oxida. Aí, você envelhece.
E tanto disso, tanta gente, tanta coisa, tanta podridão.
"Há males que vêm para o bem", porém, nesse mundo de tolos, eu diria exatamente o contrário.

[meus posts fazem sentido, mas só se você quiser.]

domingo, 30 de março de 2008

Obrigada e Volte Sempre!


Meu nome? Paola Garambone, acho que sempre deixei bem claro e assumi todas as vírgulas que escrevo neste blog. O seu? Oops, acho que você esqueceu de mencionar. Covardia, talvez? Não, pouco provavel.
Honestamente, não me atingiu. Não deu certo, tente outra vez! Mas eu duvido que consiga fazer uma mera borboletinha levantar vôo dentro de mim.
Emo? Não considero um chingamento. Fim do mundo porque meu namoro acabou? Me ferrei? Só me resta rir, juro, porque bem provavelmente você nem me conhece ou não fala comigo a muito tempo, ou saberia que nunca fui tão feliz! Conheci gente nova que eu nunca poderia, e nunca aproveitei tanto das amizades antigas. Chama-se viver. Rir pelas costas, pode rir que faz bem. Tenho me acostumado com gente precisando de mim pra se divertir, me seguindo, ligando, e coisa e tal. E crescer, pra mim, quem precisa é você.

Eu disse desde o início do blog que criei um BLOG para diferir de um FOTOLOG. Para expôr minhas idéias, não minha vida pessoal. Mas acho que foi complexo demais pra você, não é? Me desculpa ser mais culta, mais honesta, e não tão criança como você.
Se eu achava que era pra sempre, pura verdade. Eu achava, e por mim passaria além disso. Mas como diz o hit sertanejo, "Amar é bom quando é a dois", e eu fiz tudo que pude. Mas é passado, e eu não sou mais Luísa. Agora, que venha Basílio - com certa moderação porque eu não me rebaixo ao seu nível - mas acompanhado de muita cerveja e risadas, é claro!

sexta-feira, 14 de março de 2008

A Prima Luísa


Era romântica, e como Luísa, a única ao seu redor. Como Luísa, acreditou no seu conto de fadas! Errou diversas vezes seguidas, mas puniu-se, como Luísa. Enganou-se como Luísa. Foi fraca, seduzida, chantageada como foi Luísa. Mentiu como Luísa.
Mas Luísa, essa não chegou a descobrir a realidade que a cercava, não. Luísa nasceu, cresceu, viveu, morreu romântica. Assim como Luísa, essa também morreu de amores! E outra nasceu agora, que como Basílio, quer viver. Essa outra, como Basílio, não se deixará enganar. Como Basílio, não se deixará sofrer. Não como sofreu Luísa, como ela sofreu. A outra, como Basílio e não mais Luísa, nunca antes foi tão realista, como foi o Primo de Luísa.

sábado, 1 de março de 2008

Carpe Diem


Acho que estou numa fase melhor da minha vida agora, ou pelo menos começando. Conhecendo pessoas novas - e que pessoas! - esquecendo antigas, descobrindo gente que eu não "podia" e que são muito melhores do que eu imaginava, e aproveitando minhas amizades ao máximo! Quem sabe exista um futuro bom. Algo além da imensidão azul que nos recobre, protegendo de algo bom que há lá fora. Acredito que sim, é algo simples pensar que quem faz o bem recebe o bem, e vice-versa. Da vontade de desistir, muito, quando tudo que a gente faz dá errado, mas sei que um dia esse retorno chega... E está mais rápido do que eu imaginava! De novo, essa grande estrela me inspira ao vencer mais uma tenebrosa barreira-árvore :}

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Desacredite


Não acredite em ninguém. As pessoas são porcas, sujas. Ninguém quer sua felicidade. As pessoas querem alguém que as faça feliz, e quando te encontram fazem mil promessas, dizendo que desejam TUDO de BOM pra você, você é tão boa!
Boa, porque faz com que se sintam bem. Boa, porque abdica de coisas suas, por eles. Você se ilude, se faz acreditar que as pessoas realmente querem seu bem, que voce encontrou o amor da sua vida, ou apenas amigos verdadeiros. Não. Nenhum dos dois. Não confie nem ao menos em si mesmo, você te iludiu. Veja só, você faz mal para você mesma, como então outro alguém te fará bem? Imundos, frios. Às vezes eu penso que sou diferente. Às vezes me sinto errada, uma aberração, um alienígena. Como será possível que eu queira tão bem todo mundo ao meu redor, evitando e tentando fazer com que os outros evitem julgar as pessoas sem antes conhecer... Já me disseram que sou muito inocente, que eu penso que todo mundo é bonzinho... Irritantemente verdadeiro. Não confie em mim. Eu me iludo, como então te faria bem? Também não sei. Sei que já tentei. Tentei fazer bem às pessoas, deixei-me em segundo plano, deixei de fazer coisas que adoraria pelos outros. Mas nunca obtive resultados, e voce tambem nao vai. Você não é diferente de ninguém. Pessoas, únicos animais racionais! Quem foi o idiota que inventou isso? Confesso que os denominados "irracionais" me parecem bem mais interresantes, puros. As pessoas sempre foram porcas, sujas. Infantilmente, eu queria que fosse diferente!

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Foto minha, de mim.
Foto pessoal? Talvez, mas não veja esse zumbi como a autora do blog.
Veja como um cartaz da série de filmes Jogos Mortais. Veja como um jigsaw, que adoraria brincar com algumas pessoas para que elas aprendessem a valorizar o que têm nas mãos.

Votação encerrada!
Empataram "Textos fictícios da autora" e "Opiniões da autora sobre fatos", como eu imaginava.
Dois votos cada um, o que eu achei demais porque nunca divulguei este blog além de colocar na página do orkut, mas sem avisar ninguém.
A enquete não tem assinatura, mas de qualquer forma, obrigada!
Divulgarei o blog a partir de agora, que tem um minimo de posts, e agora que adquirá um rumo. Espero que gostem!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Ilumine!

Foto tirada na Praça do Vivendas, São José do Rio Preto - SP, por mim.
É interessante como o Sol atravessa a árvore e continua a iluminar a praça tão bem quanto se a planta não estivesse ali. Como se não houvesse problemas no seu caminho, barreiras a serem vencidas. Como ele continua a brilhar radiante, ali, todos os dias, sozinho, com tantos outros fatores a atrapalhar, e a árvore foi apenas um exemplo, visível, presenciável. Ele é a maior estrela, porque faz isso. E quem não gostaria de ser uma grande estrela? Taí um truque.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Mudanças


Segundo o dicionário Aurélio,
mudar
v.t. 3.Alterar. 4.Trocar, variar. 6. Tornar-se diferente do que era. 8.Transformar-se.

Sim? Nunca! Talvez.
Inteligentes aqueles que não se deixam mudar por ninguém. Que são únicos, têm seu próprio jeito de encarar as coisas, seu jeito de agir e pensar. Porém, em situações "de risco", seja num ambiente de trabalho, seja com os pais, seja com os amigos, às vezes a gente não consegue lidar com o próprio jeito, afasta as pessoas, perde. Arrisca o emprego, não dá o braço a torcer. Pensando assim, eu resolvi que mudaria. Mudaria pelos outros, sim, mas sem perder a essência. Pode parecer burrice, para alguns, mas é só pensar por outro lado, mudar só para melhor, aceitar conselhos dos outros, como melhor resolveria seus problemas. Não confiar apenas em uma única pessoa, aceitar o conselho que mais te ajude, independente de quem seja. Provavelmente, não serão sempre da mesma pessoa, de forma que a gente não se transforme nela, já que na verdade juntamos um pouquinho das coisas boas dos outros, usando como exemplo e construindo a nossa própria vida, nossos conceitos. Juntar opiniões distintas, pegar o melhor de cada e formar a sua. Até pesquisar um pouco para formar melhor seus argumentos, informar-se mais, mas aí já saímos do assunto Mudanças. Mudar é bom, enfim. Defeitos todo mundo têm, e se recusar com certeza a mudar é só mais um deles, que também precisa ser mudado.

[foto]
Esse olho, é meu.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Stanley Park, Canadá.



Bom, depois de criar fotologs e mais fotologs, acho que um blog seria o mais adequado para o momento. Duas das minhas coisas preferidas são escrever e tirar foto. Fotos de tudo, mas preferencialmente de coisas aleatórias, como paisagens, objetos, olhos, não muito de gente. Gosto de pegar algo simples e colocar em um lugar que a luz esteja legal, colocar a câmera de um ângulo especial e CLICK. Comecei a divulgar essas minhas fotos sem fundamento no orkut uns dias atrás, mas rapidamente descobri que o limite de fotos lá é 100, e com todas as minhas outras fotos, eu não poderia colocar todas as "aleatórias" que quisesse. Então veio a idéia do blog. Eu já tive um blog aqui no Blogspot, mas não usei nem por uma semana. Larguei e fui para o fotolog. Ninguém nem ficou sabendo ;)
E escrever. Adoro escrever.
Meus posts no fotolog são sempre imensos, e quase ninguém lê. E não os culpo, porque apesar de eu ler todos os posts em que comento, a maioria que usa fotolog não quer ler mesmo, a prioridade do local são as fotos (FOTOlog, não POSTlog...), e muita gente só comenta pra ser comentado. Atenção, não estou generalizando, e muito menos os culpo! Só espero que, criando um blog, mais gente leia o que escrevo. Eu não escrevo para nada, quero me mostrar ao mundo, quero elogios ou mesmo críticas do mundo. Quero a opinião alheia, mesmo que eu não dependa sempre dela pra formar a minha própria. É bom compartilhar idéias, conflitar idéias, convencer o outro com seus argumentos que seu modo de pensar sobre tal assunto é melhor. Ou ser convencido. Mas pra isso tem que ter a cabeça aberta, aceitar a opinião alheia, aceitar que todo mundo erra, saber conversar. E é isso que eu pretendo, com este blog. Além de mostrar minhas fotos, divulgar também minhas idéias sobre tudo, não somente minha vida pessoal como num fotolog.
Todas as fotos que eu postarei aqui são de minha autoria, isso é, eu presenciei, eu descobri, eu que bati a foto. Em outras palavras, não finja conseguir fazer algo que você não consegue. E roubar as minhas fotos dizendo ser suas, é muita falta de personalidade e bom senso ;)
Por outro lado, se gostar em especial de alguma foto e quiser usá-la, sinta-se à vontade. Não retirando meu nome, não precisa nem pedir. Em algum caso especial, posso até te mandar a mesma foto sem assinatura. Mas, em todos os casos, peço apenas para creditá-la à mim. E me avisar para que eu visite onde ela foi colocada :D
Essa foto foi tirada no Canadá, no Stanley Park. Acreditem ou não, essa visão incrível fica no meio da cidade, Vancouver, em British Columbia.
E nesse caso em particular, essa não é uma imagem tão simples assim, e mesmo sem a luz ou o ângulo exato, com certeza continuaria a ser magnífica.